tag:blogger.com,1999:blog-26950207119458321562024-03-20T09:43:08.306-07:00Pastora-zEste blog se interessa pela ordenação feminina, ministério pastoral feminino entre os Batistas, discussões de gênero e religião Pastora Silvia Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/06996275680317755749noreply@blogger.comBlogger56125tag:blogger.com,1999:blog-2695020711945832156.post-59883712241080943382023-06-27T16:04:00.001-07:002023-07-11T16:39:29.524-07:00diálogo no museu da justiça<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe class="BLOG_video_class" allowfullscreen="" youtube-src-id="NVGuPi_KaQc" width="320" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/NVGuPi_KaQc"></iframe></div>Pastora Silvia Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/06996275680317755749noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2695020711945832156.post-18957392470750999312022-05-11T13:44:00.002-07:002022-05-11T13:44:46.460-07:00abuso sexual, enfrentamento coletivo <iframe class="BLOG_video_class" allowfullscreen="" youtube-src-id="ncmeH7Pm35Y" width="320" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/ncmeH7Pm35Y"></iframe>Pastora Silvia Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/06996275680317755749noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2695020711945832156.post-78968800980497826082022-02-28T06:11:00.009-08:002022-03-04T12:34:48.694-08:00por que as mulheres evangélicas compartilham o mal?<p> <table align="center" cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><tbody><tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiCxFQhZEqT1Xr3TU2aqBUUl5pgyEP6Su2AM3NkMpEeziYZZNBxqG33yfMlfRrjjjDlmk7m-7fqWWiHYA4ObHc53MVocRdeF6fiE5CgmJmdw7GKue2Hs6A8IjC8d_R5-yB8X9-ukSisQogqEyl6RowxNjfTDNcwEwJLbaGEUIOF8-SCinZgHnvIGuyc=s640" imageanchor="1" style="margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" data-original-height="360" data-original-width="640" height="180" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/a/AVvXsEiCxFQhZEqT1Xr3TU2aqBUUl5pgyEP6Su2AM3NkMpEeziYZZNBxqG33yfMlfRrjjjDlmk7m-7fqWWiHYA4ObHc53MVocRdeF6fiE5CgmJmdw7GKue2Hs6A8IjC8d_R5-yB8X9-ukSisQogqEyl6RowxNjfTDNcwEwJLbaGEUIOF8-SCinZgHnvIGuyc=s320" width="320" /></a></td></tr><tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Foto da BBC News Brasil</td></tr></tbody></table><br /></p><p style="text-align: justify;">Você já sabe há tempos que nossas ações ou inações têm consequências. Nem sempre estas consequências são facilmente verificáveis, ou porque reverberam longe de nós ou porque são muito simbólicas, subjetivas, e, portanto, difíceis de medir. O prejuízo individual e coletivo que as famosas notícias falsas produz no Brasil hoje, em particular, é criminoso e incalculável.</p><p style="text-align: justify;">No último Censo de 2010, os evangélicos representavam 22, 2% da população brasileira e já se passaram uma década de crescimento desde então. Logo, o comportamento dos evangélicos interfere, sim, na sociedade, já que representa mais ou menos mais de 50 milhões de pessoas.</p><p style="text-align: justify;"> O novo milênio apresentou para nós o universo digital e suas facilidades de propagação de conteúdos. Rapidamente as igrejas se apropriaram deste novo modo de operar as relações e comunicação. Surgiram uma infinidade de grupos, sobretudo via whatsapp, com intuito de dinamizar o cotidiano das interações entre os membros de comunidades de fé e entre as comunidades de fé e agremiações periféricas à igreja, como organização de mulheres, homens, diáconos, jovens, adolescentes, etc.</p><p style="text-align: justify;">Como alguém que também utiliza e participa de grupos como estes no ambiente evangélico, e de mulheres, posso afirmar que, infelizmente, há dois ruídos problemáticos e potencializados no seu poder maléfico sendo compartilhado à exaustão (mensagem encaminhada com frequência).</p><p style="text-align: justify;">São eles: as fake news e a narrativa ideológica do inimigo comunista, de muitos braços, que produzirá o apocalipse. O segundo, geralmente surge com mais força em anos eleitorais, mobilizando temores produzidos nos países capitalistas desde a revolução russa de 1917. No Brasil, a narrativa anticomunista que mobiliza os medos da família das classes trabalhadoras que não possuem propriedade e nem são donas dos meios de produção aparece desde o fascismo brasileiro da década de 30, passando pela influência norte americana na década de 60 e chegando ao atual momento do poder da ultradireita no território nacional. </p><p style="text-align: justify;">Neste percurso narrativo, a igreja tem muita participação também como massa de manobra (desculpe se a expressão ofender alguém).</p><p style="text-align: justify;">Já as fake news disparadas em todas as áreas da vida cotidiana são preparadas intencionalmente para confundir, iludir, manipular emoções e decisões do cidadão. Nada de bom deriva das fake news. </p><p style="text-align: justify;">Infelizmente, como também aponta o Censo, as mulheres representam 58% dos evangélicos e gastamos muito tempo nas redes e, especialmente, no whatsapp. A quantidade de fake news veiculada nos grupos evangélicos de mulheres produz um estrago monumental. </p><p style="text-align: justify;">Recentemente, a jornalista Magali Cunha escreveu um artigo para a Revista Ultimato relatando um resultado de pesquisa nesta área. Sugiro a leitura <a href="https://www.ultimato.com.br/conteudo/pesquisas-comprovam-que-evangelicos-se-rendem-as-fake-news-ha-grupos-de-igrejas-dispostos-a-enfrentar-este-quadro">https://www.ultimato.com.br/conteudo/pesquisas-comprovam-que-evangelicos-se-rendem-as-fake-news-ha-grupos-de-igrejas-dispostos-a-enfrentar-este-quadro</a></p><p style="text-align: justify;">Este será um ano muito difícil, de grandes disputas narrativas feitas também por nós, mulheres evangélicas. A começar pela incompreensão histórica dos fatos atuais, o fechamento radical para o diálogo com o contraditório, e a deriva de uma fé levada pelos temores construídos narrativamente em suas formações, 2022 exigirá de nós mulheres, seriedade na avaliação do que chega até nós e cuidado no que compartilhamos, sempre se perguntando além da veracidade, a quem serve aquele determinado post, ao bem ou ao mal?</p>
pesquisa do Nute da UFRJ com evangélicos; https://drive.google.com/file/d/1xl-5aqKfXmYeSPctboBoNqFzj_21yRHO/view?fbclid=IwAR144ps6MzulvijkbvMgtzL915Tyl48WOszT1vdLML_OnjfvUC2C0BU97hw Pastora Silvia Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/06996275680317755749noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2695020711945832156.post-74444683049342002352022-02-20T06:48:00.007-08:002022-02-20T10:21:58.488-08:00resultado da pesquisa sobre pastoras e vocacionadas da CBB<p><a href=" Notas sobre a presença das pastoras e vocacionadas nas igrejas Batistas da CBB (texto elaborado pela pra. Silvia Nogueira[1] Ir para este Sway" target="_blank"> Notas sobre a presença das pastoras e vocacionadas nas igrejas Batistas da CBB (texto elaborado pela pra. Silvia Nogueira[1] Ir para este Sway</a><br /></p><p><a href="https://sway.office.com/LpdpZdE9VDpC4hkb?ref=Link" target="_blank">https://sway.office.com/LpdpZdE9VDpC4hkb?ref=Link</a></p>Pastora Silvia Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/06996275680317755749noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2695020711945832156.post-21804551470810373942020-12-08T06:32:00.001-08:002020-12-08T06:32:21.211-08:00feminino e masculino em diálogo<p><a href="https://web.facebook.com/1817135173/videos/10215398602237729/">https://web.facebook.com/1817135173/videos/10215398602237729/</a> </p>Pastora Silvia Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/06996275680317755749noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2695020711945832156.post-14851485835851032902020-11-08T13:06:00.001-08:002020-11-08T13:06:10.288-08:00feminino e masculino em diálogo<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeTMNUmPpXd3IUA2iIPoOHdsC-A08MCRfRTE1PDTH5Np3z7xEDroepI4pwdtTxVIXpG-oC00vIZrf6spqwO1Nch-nqTGHVlgjMeQ_AmSAhq_rWCGr2sCDkN6OC9WbBZWtJBYjJcDoCLcg/s1080/cartaz.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjeTMNUmPpXd3IUA2iIPoOHdsC-A08MCRfRTE1PDTH5Np3z7xEDroepI4pwdtTxVIXpG-oC00vIZrf6spqwO1Nch-nqTGHVlgjMeQ_AmSAhq_rWCGr2sCDkN6OC9WbBZWtJBYjJcDoCLcg/s320/cartaz.jpg" /></a></div><br /> <p></p>Pastora Silvia Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/06996275680317755749noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2695020711945832156.post-6084021356883899122020-10-23T07:38:00.002-07:002020-10-23T07:45:07.443-07:00Mensagem nos 45 anos da Visão Mundial<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/6uWi3sQu_Xo" width="320" youtube-src-id="6uWi3sQu_Xo"></iframe></div><br /> <p></p>Pastora Silvia Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/06996275680317755749noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2695020711945832156.post-48618774107582072020-10-23T07:26:00.001-07:002020-10-23T07:26:20.726-07:00feminino e masculino em diálogo<p></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmY0Y-lfJlrjuYGkOloFdsmuxDZnb6DpqoYVTuxVtB0_jb_ZVaQ79Yp6gSUoAcSJsL-QMWALiZiECFnFkewISR0wo8HkwCKBHrPQDdTEbScOfkoitjFvoEhYz7yGTBUyfekJ_Vcpp6ZZ0/s1280/IMG-20200728-WA0023.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1280" data-original-width="1024" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmY0Y-lfJlrjuYGkOloFdsmuxDZnb6DpqoYVTuxVtB0_jb_ZVaQ79Yp6gSUoAcSJsL-QMWALiZiECFnFkewISR0wo8HkwCKBHrPQDdTEbScOfkoitjFvoEhYz7yGTBUyfekJ_Vcpp6ZZ0/s320/IMG-20200728-WA0023.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://web.facebook.com/1817135173/videos/10214771780127568/">https://web.facebook.com/1817135173/videos/10214771780127568/</a><br /></div><br /> <p></p>Pastora Silvia Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/06996275680317755749noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2695020711945832156.post-50165913554282407982020-10-23T07:23:00.001-07:002020-10-23T07:23:05.195-07:00feminino e masculino em diálogo<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmuo5ErQdL-zK6FKwOohtQ9XU011Oqt0PnCqwb1430oXJ3Z_YNKVyGdhOYXDAnAU7RgpsLSYXjr6-QCT6EZ1HbtdiglcgHwnyskA4P6PA1KOuUNOEQzxVHhAA30Heq6JZI6OpoPoHM94o/s1080/IMG-20200908-WA0037.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmuo5ErQdL-zK6FKwOohtQ9XU011Oqt0PnCqwb1430oXJ3Z_YNKVyGdhOYXDAnAU7RgpsLSYXjr6-QCT6EZ1HbtdiglcgHwnyskA4P6PA1KOuUNOEQzxVHhAA30Heq6JZI6OpoPoHM94o/s320/IMG-20200908-WA0037.jpg" /></a></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://web.facebook.com/1817135173/videos/10214973876659855/">https://web.facebook.com/1817135173/videos/10214973876659855/</a><br /></div><br /><p></p>Pastora Silvia Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/06996275680317755749noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2695020711945832156.post-26823126499704863312020-10-23T07:20:00.003-07:002020-10-23T07:20:42.733-07:00feminino e masculino em diálogo<p> </p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWWpcLjcC1QSxcHVtTv6Ax1GVU0_NSd1nKLJTfX3DTlJKZyurN4q9qnvV24jkf1r2yFVwrvcJovuHC8VXRhGklnaLY7X_10lk-MKz1t5TuOCjU3QIRIp-3TTDJvy6yWLvcqC8kB1Q_qOs/s1080/IMG-20200930-WA0049.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgWWpcLjcC1QSxcHVtTv6Ax1GVU0_NSd1nKLJTfX3DTlJKZyurN4q9qnvV24jkf1r2yFVwrvcJovuHC8VXRhGklnaLY7X_10lk-MKz1t5TuOCjU3QIRIp-3TTDJvy6yWLvcqC8kB1Q_qOs/s320/IMG-20200930-WA0049.jpg" /></a></div><br /><a href="https://web.facebook.com/1817135173/videos/10215109464209459/">https://web.facebook.com/1817135173/videos/10215109464209459/</a><p></p>Pastora Silvia Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/06996275680317755749noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2695020711945832156.post-53750080872050784902020-10-23T07:11:00.002-07:002020-10-23T07:45:59.164-07:00entrevista <p><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/VphX34j_KjU" width="320" youtube-src-id="VphX34j_KjU"></iframe></div><br />Pastora Silvia Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/06996275680317755749noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2695020711945832156.post-14215900993272555912020-06-16T15:56:00.000-07:002020-06-16T15:56:54.546-07:00Documentário sobre Ministério Pastoral Feminino<br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/y0BA7nam614" width="320" youtube-src-id="y0BA7nam614"></iframe></div>Pastora Silvia Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/06996275680317755749noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2695020711945832156.post-36834611536177256672019-07-10T02:55:00.002-07:002020-07-13T11:31:27.037-07:00Quatro lições da juventude do ministério pastoral exercido por mulheres<br />
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No dia 10 de julho de 2019 completaram-se 20 anos do ministério pastoral exercido por mulheres como uma realidade denominacional entre os batistas brasileiros, ligados à CBB. Não posso dizer que foi fácil este percurso até aqui. Posso dizer, e digo, que apesar das dificuldades de todos os tipos, as que fazem parte naturalmente do exercício da vocação pastoral àquelas da relação por muitas vezes desgastante com colegas pastores e instituições ao longo deste tempo, com maior ou menor intensidade, mas sempre presente, foram 20 anos exitosos.<br />
O que vi e vivi nesses 20 anos não cabem nesse texto nem em muitos livros. Decidi, no entanto, como forma de celebração, compartilhar palavras que me disseram ao longo desse tempo e que se transformaram, creio eu, em lições para o ministério pastoral feminino.<br />
Primeira lição<br />
No tumultuado dia do meu concílio (26/06/99), fui até o banheiro da PIB em Campo Limpo, na periferia de São Paulo. Lá estavam algumas mulheres da igreja e também uma irmã visitante. Ela tinha ido acompanhar um dos muitos pastores presentes. Assim que me identificou, virou-se e, exaltada, disse: “Está vendo o que você está fazendo com a nossa denominação?”<br />
Lembro de ter respirado fundo. Eu estava nervosa, tentando controlar emoções variadas e também estava sensível às tensões vividas pela igreja antes do concílio. Afinal, havia uma comunidade de fé inteira igualmente apreensiva, não sobre o que tinham decidido, mas por não saber o que enfrentaríamos naquele dia e nos subsequentes. Até hoje ao recordar esse episódio e meditar sobre a pergunta furiosa da irmã, sinto o peso do meu legado. O que fiz juntamente com a PIB Campo Limpo foi, de fato, um divisor de águas. Nossa denominação não é mais a mesma, como tantos dizem de forma negativa. Os que se lamentam por um tempo impossível de ser revivido, não por causa exclusiva das pastoras, mas porque nem nós mesmos somos o que fomos em determinado momento de nossa trajetória, são poucos, mas barulhentos. Tudo muda. Sobretudo, em uma experiência religiosa como a nossa cujo movimento sempre foi uma marca. O saudosismo que observa raivosamente a mudança das coisas, pessoas e instituições talvez esteja perdendo um tempo precioso de caminhar mais rápido e mais acompanhado em direção ao futuro, pois o futuro é sempre o nosso destino.<br />
A primeira lição, portanto, é essa: as pastoras são uma realidade denominacional. E nossa denominação não é a mesma também por conta da nossa presença nos ministérios locais, nas várias regiões desse país. E, por mais que alguns digam que isso não é bom, é bom, e irreversível.<br />
Segunda lição<br />
Ainda no mesmo dia do concílio, minha mãe protagonizou um embate com um pastor (o colega não sabia que ela era minha mãe) que dizia barbaridades sobre uma mulher no ministério pastoral. Impropérios que ouvimos ainda hoje como anátema, Jesabel, diabo, etc etc. Ela, então, virou-se para ele e disse: “Pastor, faça como Gamaliel: se for de Deus crescerá; se não for, morrerá aqui”. Descobri ao longo do caminho que não há como conversar com quem não deseja conversar, quem não se abre ao diálogo. Não há como convencer quem considera a vocação pastoral feminina como algo antibíblico. Descobri que esse é um trabalho do Espírito de Deus e não nosso. Podemos partilhar o porquê somos pastoras, mas não temos como convencer ninguém. Somente o Espírito é capaz de tamanha mudança de coração. Sim, é mais uma questão de mudar o coração do que qualquer outra coisa. Uma estratégia para essa mudança são os frutos que estão aí aos olhos do povo de Deus, àqueles que se permitem ver. Pastoras em igrejas periféricas, em meio a comunidades de risco, em bairros populares ou de classe média, como titulares ou auxiliares, batizando, ensinando, pregando, servindo.<br />
A segunda lição é a de Gamaliel. Não “morreu” em mim. Somos muitas! Em todas as regiões do Brasil. Em igrejas que servem ao Senhor, amorosamente, com gratidão por um Deus que tem convocado homens e mulheres para servir e não para serem servidos. <br />
Terceira lição<br />
Os primeiros meses, os primeiros anos do meu ministério também foram difíceis. Estávamos sós. Nossos próprios irmãos nos isolaram e não nos davam descanso em sua oposição. Era apenas eu e a igreja, tínhamos a Deus e uns aos outros. Certo dia, fui escrever a pastoral para o boletim dominical e um texto veio a minha mente, talvez soprado, “Ninguém despreze os humildes começos”. Escrevi uma pastoral sobre uma “parábola da loja de botões” para falar da importância das coisas pequenas, tímidas, humildes que parecem esconder, em um primeiro momento, toda a potência do que serão mais adiante. Trocando em miúdos, o título diz para prestar atenção na forma como apreciamos as coisas que começam pequenas, tímidas, pois o começo é só o começo. O começo é apenas possibilidade, ainda não é aquilo que se projetou. Logo, algo pequeno como uma semente de abacate, crescerá e dará árvore frondosa, com muitos frutos, embora tudo tenha começado bem pequeno.<br />
A terceira lição é essa: o pequeno é sempre o primeiro e temporário estágio daquilo que se relaciona com a vontade de Deus.<br />
Quarta lição<br />
Muitos anos mais tarde, pregando em uma igreja na baixada fluminense, já como diretora do Seminário Teológico Batista em Belford Roxo, terminado o culto, fui com o pastor até a porta para me despedir da congregação. Uma menina de uns 10 anos me abraçou e disse: “Eu também vou ser pastora”. Sorri para ela e afirmei: “Sim, você poderá ser, se Deus quiser.”<br />
O que Deus fez através da vida de muitas mulheres em função pastoral durante os anos antes de 1999, passando por estes últimos 20 anos, nos trouxe até a fala dessa menina. O divisor de águas só aconteceu, como um kairós para mim e para a PIB em Campo Limpo foi ter chegado à igreja, como seminarista, sem esconder, duvidar ou me calar sobre a minha vocação. Naquela época também, em um alinhamento kairótico, ter um pastor (Antonio Carlos de Mello Magalhães) que não estranhou minha declaração a ponto de me cercear ou impedir minha vivência pastoral no meio da comunidade. E, também, principalmente, como parte deste momento do kairós, uma igreja sem medo de decidir, protagonista desta história bonita de fazer parte de um plano maior. Ter dito quem eu era transformou muitas vidas até ao ponto de uma menina décadas depois dizer espontaneamente como uma possibilidade entre outras de servir, que o ministério pastoral é uma realidade na vida das igrejas, uma realidade denominacional.<br />
A quarta lição é simples, mas fundamental: Importa não apenas ser, mas também dizer. Assumir uma voz que seja sua, revelando para si e para os outros o que Deus mesmo deseja.<br />
Eu sou grata a Deus que me insuflou coragem durante toda a minha história. Quando eu nada enxergava, sua luz aparecia no horizonte; quando a força para Ser me faltava, Ele me dava a Dele; quando ameaçava esquecer do porquê havia me escolhido, Ele me ensinava sobre misericórdia. Porque não podemos ser boas pastoras, nem bons pastores, sem fé, dependência divina e misericórdia.<br />
Como Batista, sou imensamente grata a PIB em Campo Limpo. Uma igreja que me amou e foi amada. E ainda é. Entre tantos exemplos desse amor, o mais precioso foi me ensinar uma verdade dos Evangelhos: Deus revela sua vontade aos pequeninos e a esconde dos sábios. Lição que aprendi, que vivo e sigo defendendo.<br />
Sigo defendendo que a vocação pastoral é dom de Deus e que Ele confere a quem quer.<br />
Sigo defendendo que ministério pastoral é para servir.<br />
Sigo defendendo que a igreja do Senhor Jesus, chamada Batista, é soberana. <br />
Sigo defendendo que temos e fazemos parte de uma multidão de testemunhas daquilo que Deus tem feito com homens e mulheres submissos apenas a Ele.<br />
Nestes 20 anos, então, sou grata pelo avanço benéfico da presença das pastoras em nossa denominação. Desejando que no futuro não haja mais histórias de interditos, palavras odiosas, assédio moral, desigualdade de salário, torcida contra, ameaças de ruptura, entre tantas formas desamorosas de lidar com nossa presença, mas que haja cada vez mais celebração e gratidão, como eu já sinto hoje.<br />
Pra. Silvia NogueiraPastora Silvia Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/06996275680317755749noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2695020711945832156.post-53482390832673274192018-08-25T14:28:00.000-07:002020-07-13T11:33:29.186-07:00A boniteza de florescer em meio a tempos nebulosos<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjc1FpI_A-M6maF3Wq_yb75O6g6lbp0_F7j9jU9yB41QnKKJFolzeeliptH9kLxWjNQ7OQeFdtfYR5WLMGgj4xwveJhj42RuRNGAh6ao-bnQTEwL6kvp8f-V2xlDixysGSlOen3p029shg/s1600/karla.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="960" data-original-width="710" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjc1FpI_A-M6maF3Wq_yb75O6g6lbp0_F7j9jU9yB41QnKKJFolzeeliptH9kLxWjNQ7OQeFdtfYR5WLMGgj4xwveJhj42RuRNGAh6ao-bnQTEwL6kvp8f-V2xlDixysGSlOen3p029shg/s320/karla.jpg" width="236" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
A palavra "boniteza" veio emprestada do educador Paulo Freire como uma forma de invocar uma situação, um evento, uma experiência holística vivida pelo sujeito na qual se percebe o acontecimento da beleza. Invenção muito feliz, inclusive. Creio que esta palavra traduz e sublinha a experiência das mulheres Batistas no Brasil, ligadas à CBB, quando observamos o avanço de sua ocupação no ministério ordenado. Cada narrativa de autorreconhecimento e autonomeação de uma vocação pastoral são tecidas em meio a uma vivaz pertença e serviço comunitário que extrapola, inclusive, o espaço da comunidade local. </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Temos visto ministérios pastorais femininos espalhados por cada região do país e, em sua maioria, em igrejas periféricas que atuam com a compreensão de paróquia, isto é, um cuidado com uma comunidade territorial e afetiva mais ampla. Isso é apenas uma das singularidades da presença das mulheres no ministério Batista. Outras singularidades merecem destaque, mas penso que falar também do quanto nos preocupamos em dar voz aos mais "vulneráveis da sociedade", como enfatizou um padre recentemente em entrevista sobre os escândalos sexuais com sacerdotes na Igreja Católica é importante. Padre Zollner sugeriu mais presença feminina em ministério para que se mantivesse, creio eu, uma sensibilidade na escuta ao outro, um esforço para a empatia que as mulheres ministras parecem se preocupar em manter. </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Nós, pastoras, florescemos, frutificamos de diversas maneiras. Primeiro, nas autotransformações; depois, no refinamento da experiência pastoral, resultado em grande parte de uma relativa tranquilidade em continuar aprendendo com o outro a quem servimos. Poderia falar também da boniteza do temor a Deus que alimenta a espiritualidade das pastoras. A boniteza de suas narrativas de fé e esperança. Tudo isso e ainda muito mais, como resiliência, resistência e persistência, congregam a palavra boniteza em relação à presença pastoral feminina nas igrejas batistas. </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
O exercício da vocação pastoral das mulheres tem sido uma celebração eclesial.</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Mas o cenário ainda não é adequado a essa realidade eclesial e vocacional. A cena batista tem suas sutilezas. Produz ainda uma sensação vertiginosa entre fraternidade e ódio santo. Ainda vivemos tentativa de cerceamento, pressões e ameaças a quem se coloca favorável a realização de concílios, a quem os convoca como fruto de um desejo comunitário; ainda sofremos as ameaças de ostracismo, ainda temos caças às "hereges" em redes sociais; ainda vivemos uma tensão institucional, mesmo em estados onde a instituição definiu a filiação das pastoras; ainda tememos pelo adoecimento, pelo esgotamento emocional provocado em quem amamos, a nós mesmas e as nossas comunidades de fé com ações e discursos impregnados de ódio. Mesmo que o bom senso e as decisões da CBB já tenham sido acionados. O que ainda temos visto é que em muitos lugares, alguns lideres sugam a alegria de decisões comunitárias, enfeiam a boniteza de servir a Jesus de Nazaré. Contudo...</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Resistimos em florescer! Avançamos em número! Servimos com misericórdia! Construímos sororidade! </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
Em meio a essa neblina, que pode embaçar a percepção correta do que acontece de belo entre pastoras e igrejas batistas, escolhemos continuar seguindo em frente, sem medo, porque estamos vendo o caminho. </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: justify;">
<br /></div>
Pastora Silvia Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/06996275680317755749noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2695020711945832156.post-5431371682758756482018-07-22T19:55:00.002-07:002020-07-13T11:33:54.479-07:00Entrevista<br />
<a href="http://prneemiaslima.blogspot.com/2018/05/entrevista-com-pr-silvia-nogueira-1.html?m=1">http://prneemiaslima.blogspot.com/2018/05/entrevista-com-pr-silvia-nogueira-1.html?m=1</a><br />
<br />Pastora Silvia Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/06996275680317755749noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2695020711945832156.post-9693284714591546402018-06-08T05:33:00.000-07:002018-06-08T05:37:03.540-07:00Sobre silêncios sagrados<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5i4WiqwPnH57olyHDXPgKwwKqMj57pBK5Mdgqd4YkgS-K9dRB9YTSARIvES_ygxPqemGITcegrbPsqfmwbX8gF-GYUu8hIvrhQ7QkMhFrNPnHVoqB93QDuxsAiTvtWi6yESIkH9-gjZs/s1600/acero-campestre-2.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5i4WiqwPnH57olyHDXPgKwwKqMj57pBK5Mdgqd4YkgS-K9dRB9YTSARIvES_ygxPqemGITcegrbPsqfmwbX8gF-GYUu8hIvrhQ7QkMhFrNPnHVoqB93QDuxsAiTvtWi6yESIkH9-gjZs/s200/acero-campestre-2.jpeg" width="200" height="133" data-original-width="1200" data-original-height="800" /></a></div>
Silenciar é verbo pouco conjugado. Temos preferido nos embolar nas palavras ditas e escritas em todo tempo. Às vezes algo nos acontece e saímos apressados a comunicar aos outros que prontamente já retrucam em uma corrente infindável de comentários.
Nossa agitação, nossa verborragia diária é assustadora!
E, infelizmente, esse nosso jeito de ser nesse tempo inviabiliza nosso encontro com a Transcendência e seus agentes.
Um dos agentes da Transcendência é a morte.
Tememos seu rastro, seu cheiro, sua aproximação. Às vezes, ela chega tão de súbito que não há tempo mesmo para nada a não ser a aceitação do inevitável.
Outras, no entanto, vai se aproximando lentamente, testando a fibra de certos humanos, dando tempo para ajustes, para as glórias teofânicas de Deus, para as surpresas de afetos insuspeitados, para aproximações de quem estava longe, para gestos de amor de quem está perto, para tocar com suas mãos frias uma nota única saída de dentro de todos nós que revela, enfim, aos nossos próprios ouvidos a música que importa na vida.
Silenciar é a oportunidade de deixar que tudo se arrume em nós mesmos.
Silenciar é dar tempo a si para escutar o barulho leve, o sopro leve, a brisa do agir de Deus.
Quem assiste a aproximação da morte do outro, também deve compreender o momento do silêncio. O silêncio para estes é a mesma oportunidade para experimentar a Transcendência.
Diante do final de uma vida, nenhuma palavra, nem mesmo as de fé, fazem muito sentido, porque já não é hora para falar, é só hora de ouvir o rumor manso e cheio de calor da presença de Deus.Pastora Silvia Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/06996275680317755749noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2695020711945832156.post-56545157581418696272018-05-20T04:43:00.002-07:002020-07-13T11:37:10.588-07:00Ignorância das femininas<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPkDsJ1XYZGRDnkX086ozSPT7j4yTygIRaDqfCsTnPpthwtMM_fDFcOR-Sp7YKpQ8rXoAZ-s4RCPlb9CcvPrQmZurId9Sp4dQy4A2EmLLffXfXsQpParVBueqy1vPMn3OjnKPhv9JQvJ0/s1600/silencio.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="378" data-original-width="350" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgPkDsJ1XYZGRDnkX086ozSPT7j4yTygIRaDqfCsTnPpthwtMM_fDFcOR-Sp7YKpQ8rXoAZ-s4RCPlb9CcvPrQmZurId9Sp4dQy4A2EmLLffXfXsQpParVBueqy1vPMn3OjnKPhv9JQvJ0/s320/silencio.jpg" width="296" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
Ultimamente, existe no meio evangélico um grupo de líderes que têm insistido em usar como uma correção de comportamento e ideias, a palavra feminina em contraponto a palavra feminista.<br />
Frases do tipo:" Eu não sou feminista, sou feminina", tem sido dita com uma paixão invejável.<br />
Mas há uma ignorância de base. Além de uma cooptação discursiva reacionária, que é uma discussão ainda mais complicada de se ter. A ignorância está em acreditar que para ser feminista abdica-se de ser feminina. Que tolice é essa?como se não houvesse feministas casadas ou em vias de, mães, que não trabalham, etc.<br />
Um grupo inexpressivo de mulheres não desejam se casar ou não desejam a maternidade. Muitas sequer discutem as questões ligadas aos feminismos.<br />
Ser feminista é reconhecer que há uma desigualdade estrutural e maléfica na sociedade, que atinge o sexo feminino de forma específica. Desigualdade que exclui, mata, oprime, interdita.<br />
Não deixei de ser mulher e feminina por pensar as relações pessoais e sociais por essa lente feminista.<br />
Se seguirmos as migalhas de onde saiu essa argumentação, podemos ficar surpresos com a sua origem branca, racista e fundamentalista.<br />
Claro, isso só será um problema para quem acredita que o racismo, o sexismo e o fundamentalismo religioso evangélico seja algo ruim.<br />
<br />
<br />Pastora Silvia Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/06996275680317755749noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2695020711945832156.post-66788137406947728502018-04-27T12:05:00.002-07:002020-07-13T11:40:13.946-07:0098 assembleia da CBBTexto publicado no grupo "Nós Batistas"<br />
<br />
Caros colegas,<br />
<br />
<br />
Somos especiais para Deus, como ouvi na manhã do último dia de reunião da Ordem. Mesmo que pareça, em alguns momentos, haver alguns mais especiais do que outros. Fomos instados a ter fé na providência divina e, de certa forma, explicitar essa providência através do nosso interesse genuíno pelo outro. Foi bom ouvir essa parte.<br />
<br />
Não há , me parece, outra forma mais a nosso alcance de ver Deus do que no rosto do irmão, à luz das cartas joaninas e à luz também das experiências transformadas em testemunho, como as narradas pelo pr. Miqueias.<br />
<br />
Oxalá, marcássemos essa teologia amorosa nas tábuas de carne dos nossos corações. Ao invés de insistir em selecionar quem se encaixa na posição de alvo da providência ou para quem seremos irmão ou a quem chamaremos de irmão e companheiro de ministério.<br />
<br />
Olhando para os pastores e pastora eleitos, desejei que a consciência da mutualidade, do cuidado com quem igualmente serve a Deus, o reconhecimento, pregados pelo pr. Miqueias, fosse uma voz contínua a nortear o trato, as decisões, a visão institucional e a diversidade do ministério batista.<br />
<br />
Somos especiais, mas alguns parecem mais especiais do que outros. Realizamos o mesmo serviço, mas alguns são de Deus e outros sabem como Jesus, ao ser interrogado pelos doutores da Lei, que não importa a resposta dada a com que autoridade realiza a obra, será execrado.<br />
<br />
O ministério pastoral batista da CBB está para além da Ordem, como todos os batistas sabem, mas não seria extraordinário e divino que ela congregasse todos os pastores e pastoras que servem nas igrejas batistas?<br />
<br />
Para isso, no entanto, para viver o Reino de Deus, precisaríamos eliminar nosso calcanhar de Aquiles, a ideia de que há alguns mais especiais do que outros.<br />
<br />
<br />
No fraterno Cristo,<br />
<br />
Pra. Silvia NogueiraPastora Silvia Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/06996275680317755749noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2695020711945832156.post-39234601200271430422018-04-23T11:16:00.001-07:002020-07-13T11:41:24.295-07:00Poços sem fundos ou poços de vida?<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2p9KhTSdJExQb_6Nvy3ll_S6kcgbCRVGi6MYHac-EifeXNH59iPso6-GnZLTYikaeP1pTL8zLSGOgl92DMkc6Jepzx01z7PrZxrwfeReox5sTndqg8p5mYJRiiHhMGnultuJh1I6lrRk/s1600/IMG_20180423_083144965.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1200" data-original-width="1600" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg2p9KhTSdJExQb_6Nvy3ll_S6kcgbCRVGi6MYHac-EifeXNH59iPso6-GnZLTYikaeP1pTL8zLSGOgl92DMkc6Jepzx01z7PrZxrwfeReox5sTndqg8p5mYJRiiHhMGnultuJh1I6lrRk/s320/IMG_20180423_083144965.jpg" width="320" /></a></div>
Os eventos não começam no momento em que se iniciam. Eventos têm bastidores, têm o antes, a preparação, as intenções.<br />
Eventos podem ser, então, resultados de processos tranquilos, turbulentos, transparentes ou obscuros, promotores de crescimento ou retrocesso ou ainda uma infinidade de outras possibilidades, como a<br />
proposição do título.<br />
Estamos em Poços de Caldas e ainda não sabemos se paramos aqui, como resultado de um processo gestado nos gabinetes, comissões, reuniões institucionais, para testemunhar o fundo do poço ou o poço da vida.<br />
Expectamos!Pastora Silvia Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/06996275680317755749noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2695020711945832156.post-16420412710409090632018-04-10T16:42:00.000-07:002018-04-10T16:45:47.915-07:00Reforma para o Reino ou reforma para poucos, em preparação para a 98ª assembleia da CBB , parte 2<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj79ddQyI59y3p6GF-fZCr38NY2WJUeyVxcq8PvQa2zMMHHYIoDXRqSw8mjlTb1fnJZZ4SIwRPqkMX7nUfTDfgRgfhMeKMaxFoy5AUU_Qgy9A_UVF81QcHHB_JTEYhuygpz_XZ9Rt4M5Zk/s1600/porta.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="195" data-original-width="260" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj79ddQyI59y3p6GF-fZCr38NY2WJUeyVxcq8PvQa2zMMHHYIoDXRqSw8mjlTb1fnJZZ4SIwRPqkMX7nUfTDfgRgfhMeKMaxFoy5AUU_Qgy9A_UVF81QcHHB_JTEYhuygpz_XZ9Rt4M5Zk/s1600/porta.jpg" /></a></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Não é um bom momento
para falar sobre política no Brasil. Todos estamos, aparentemente, com os
nervos à flor da pele, defendendo bandeiras de lá e de cá, aproveitando ou não
oportunidades para ser a voz da razão e/ou da espiritualidade em um cenário de
caos produzido e controlado. Contudo, é possível perceber, como diria Edgar
Morin, que pela primeira vez na história temos um destino em comum, como
humanidade. Estamos conectados em tudo, em especial, nos aspectos do pensamento
e da cultura. Somos uma sociedade conectada. O atual cenário político-social
brasileiro afeta todas as dimensões da vida individual e coletiva de alguma
forma. Por mais que algumas vezes tentemos negar que o conteúdo do nosso
discurso tem a marca dessas conexões, elas atravessam nossas falas e posturas
diante dos fatos.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O quanto estamos, como
religiosos, conscientes dessa realidade de que tudo está conectado e nos afecta,
é difícil dizer. Mas colhemos os resultados desse fenômeno a curto, médio ou
longo prazo em seus desdobramentos. Uma decisão aparentemente “inocente” pode
ter um efeito cascata que vai do coletivo para o individual e do público para o
privado. Decisões que soam bem e razoáveis à primeira vista podem se transformar
em um canto das sereias, ou dos <i style="mso-bidi-font-style: normal;">sereio</i>s,
doce no início, mas, inevitavelmente, fatal. Daí a natureza da grande
responsabilidade de quem toma decisões para o coletivo. Apesar de um
conhecimento limitado ou de uma ignorância voluntária da realidade, há
resultados que dirão respeito ao nosso cotidiano, que podem controlar nossas
experiencias e a forma como vivemos.<b> <span style="color: purple;">É assustador pensar nisso!<o:p></o:p></span></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;"><span style="color: purple;"><b>Que algumas decisões
institucionais ou coletivas podem modificar a nossa vida. A nossa vida! Para melhor
ou para pior.</b></span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">O cenário maior com
o qual nos conectamos enquanto religiosos diz respeito a uma onda
ultraconservadora. Alguém diria, que ótimo! No entanto, essa onda costuma
recuar em conquistas fundamentais de grupos não-hegemônicos, isto é, grupos
comumente ausentes na distribuição de privilégios e direitos e que, após um
tempo de luta e organização, conquista estes privilégios e direitos. Movimentos
ultraconservadores são os que, em geral, desejam retroceder a um tempo no
passado no qual suas posições privilegiadas não estavam sob disputa ou
compartilhadas de alguma forma. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Pensando nesse
momento no ambiente da religião, em especial, da nossa denominação batista, um
nervo parece exposto com a possibilidade de atrapalhar a caminhada pessoal e
coletiva. Uma espécie de refluxo ultraconservador, na esteira do que acontece
em outras áreas na contemporaneidade. Não é a primeira vez na nossa história
denominacional, em nossas terras ou em outras terras americanas, que experiências
pessoais com Deus, vivências litúrgicas, formas de organização eclesial,
composição étnica da membresia, atualização cultural, seja na presença de
instrumentos considerados em um tempo profanos em outros não, seja nas
vestimentas pertinentes para homens e mulheres, entre outras questões de
costumes e acordos culturais, até a ocupação de ministérios ordenados, como a diaconia,
por exemplo, ficam sob o clivo decisório de um colegiado institucionalizado de
certos pastores. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: Verdana, sans-serif;">Retomando o texto “Um
falso Reino”, que inicia essa reflexão preparatória para a 98ª assembleia da
CBB, o problema se instala- e preocupa- <span style="mso-spacerun: yes;"> </span>quando este colegiado projeta um Reino cujo
Senhor não está presente. Menos piedosamente falando, um Reino <i style="mso-bidi-font-style: normal;">fake</i> que, inclusive, descarta os
processos históricos libertários que identificam a nossa forma batista de viver
a fé, assentada sobre o pilar de Jesus de Nazaré, é claro, mas também sobre o
pilar da soberania e autonomia da igreja local e sobre o livre exercício dos ministérios
no corpo, que é a igreja. Esta forma libertaria é resultante de um processo
histórico sangrento, sob luta e sob o signo da resistência a poderes
hegemônicos. Não é saudável esquecer que o que somos é fruto desta resistência
dentro do próprio cristianismo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "Times New Roman",serif;"><span style="color: blue; font-family: Verdana, sans-serif;"><b>É preocupante,
portanto, que o desejo de reformar documentos enseje a oportunidade de recuo
nos direitos ou nos ideais do Reino de Deus que norteiam nossa identidade
batista. <span style="mso-spacerun: yes;"> </span><o:p></o:p></b></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: .0001pt; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: "times new roman" , serif;">continua<o:p></o:p></span></div>
<br />Pastora Silvia Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/06996275680317755749noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2695020711945832156.post-42264145917766354352018-04-07T18:05:00.002-07:002018-04-10T16:42:36.132-07:00Um falso Reino, em preparação para a 98ª Assembleia da CBB, parte 1<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvDm4AZqUD0H-vMIBGutfrxX4CDRPwVl3oGVjztfNB070_qMMIvnoq12cLwwN59VHLxbTYR_TdQbV5XGlTtZYNT3jqQsXuXWTsBEebxRul9iiQxLtSZeoO0IOTHmIP_8HDAVet8doQWA4/s1600/liturgia_271.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="410" data-original-width="820" height="160" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvDm4AZqUD0H-vMIBGutfrxX4CDRPwVl3oGVjztfNB070_qMMIvnoq12cLwwN59VHLxbTYR_TdQbV5XGlTtZYNT3jqQsXuXWTsBEebxRul9iiQxLtSZeoO0IOTHmIP_8HDAVet8doQWA4/s320/liturgia_271.jpg" width="320" /></a></div>
<br />
<blockquote class="tr_bq">
Mateus 13:45-46</blockquote>
Não é fácil compreender a Transcendência, para quem acredita nela. Temos a limitação da alteridade com um Outro que não se parece conosco, em essência; a limitação da linguagem para expressá-lo e, ainda, da capacidade de compreensão da integralidade do Mistério. Jesus de Nazaré tem sido nosso mediador também e, sobretudo, nesse processo de capturar algo da Transcendência, fazendo-nos compreender ainda que seja como por um espelho, como diz Paulo, um reflexo parcial do que nos será revelado completamente no tempo determinado. <br />
<span style="color: purple;">O problema se instala quando também não conseguimos acessar o que Jesus nos revela. Quando por algum motivo pessoal, formativo ou teológico-religioso nos tornamos ignorantes na compreensão daquilo que Jesus revelou e está registrado nos Evangelhos. Às vezes parece que os discípulos e discípulas de Jesus são como a multidão que o seguia pela Galileia até Jerusalém, incapazes, segundo o evangelista Mateus, de enxergar e entender o que estava diante dos seus olhos e aberto à experiência.</span><br />
Parece que uma das questões que visibiliza essa incompreensão é justamente como os discípulos e discípulas de Jesus entendem o Reino de Deus. No seu tempo, essa incompreensão já tinha se instalado por aqueles que sonhavam com uma revolução armada para depor os conquistadores romanos. Ou ainda aqueles que só enxergavam ciscos e se faziam de cegos aos camelos. O que esses dois grupos projetavam quando ouviam sobre o Reino eram produto de suas ilusões, seus desejos de poder e controle, seus zelos pelos seus lugares institucionais dentro da religião judaica, enfim, de corações endurecidos ao que Jesus realmente dizia. Um falso Reino, portanto. Porque se o que entendemos por Reino de Deus não tiver a presença do discurso de Jesus, é um Reino ilusório, falso, cujo dono não governa, está ausente.<br />
O Reino de Deus não é sinônimo de igreja, instituição religiosa ou qualquer outro tipo de associação que pleiteia controle. O Reino é de Deus e, se é assim, nenhum de nós deve governá-lo ou desejar controlar quem o integra, seus ideais, seu poder e seu alcance. O Reino de Deus é um fermento, um tesouro escondido, uma pérola de grande valor. O Reino de Deus, segundo Jesus, é para quem se faz criança, para os pobres desse mundo, para os doentes e pecadores, para a humanidade de homens e mulheres que se rendem ao seu poder. Um Reino dos que não podem, dos simples, dos últimos desse mundo. <br />
<span style="color: blue;">Se o Senhor do Reino pensa dessa forma, como seus súditos insistem em serem maiores do que o seu Senhor?</span> <br />
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continuaPastora Silvia Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/06996275680317755749noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2695020711945832156.post-674933398159548642018-03-15T05:03:00.001-07:002020-07-13T11:42:04.847-07:00Verbete engajadoMulher, s.f.<br />
1. Ser humano;<br />
2. Pessoa;<br />
3. Sujeito;<br />
4. Indivíduo pleno;<br />
5. Todos os itens e mais alguns que façam diferença entre ser e não-ser.Pastora Silvia Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/06996275680317755749noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2695020711945832156.post-84971490446890971842018-03-07T17:55:00.001-08:002020-07-13T11:47:48.083-07:008 de março <div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpwJEBI0AoOuOw6DBP8xK57kj4N6j1kSF9owgtUhfdu_Qng9vtS6RIDelny9a9pTDGupIRSpEpZTr2QG8-rKAIT8ArYxQM_Nx7t5nwLErOPCV9ijlVs8gv0fvBU5jn9Me1biuL9MIXsTA/s1600/SAM_1880.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="898" data-original-width="1600" height="179" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpwJEBI0AoOuOw6DBP8xK57kj4N6j1kSF9owgtUhfdu_Qng9vtS6RIDelny9a9pTDGupIRSpEpZTr2QG8-rKAIT8ArYxQM_Nx7t5nwLErOPCV9ijlVs8gv0fvBU5jn9Me1biuL9MIXsTA/s320/SAM_1880.JPG" width="320" /></a></div>
<blockquote class="tr_bq">
Tudo é permitido, menos no dia 8.</blockquote>
Abusar, menosprezar, bolinar, assediar,<br />
Diminuir, obstruir, interditar, espancar<br />
Enganar, iludir, humilhar, matar.<br />
Menos no 8!<br />
Nesse número, as mulheres são necessárias,<br />
Especiais, únicas, exaltadas, amadas, respeitadas, cortejadas, ouvidas (...)<br />
São flores, ganham flores.<br />
Mas antes e depois do 8...<br />
Tudo volta ao que sempre foi até que se mude de vez.<br />
De um lado as que nada dizem<br />
Ou que escolhem muito bem as palavras.<br />
De outro lado, as que não temem nenhuma palavra ou as que falam as palavras exatas:<br />
Feminismo! Empoderamento! Questão de gênero! Violência doméstica! Interdição religiosa! Silenciamento! Tutela!Patriarcado!luta!<br />
Articulação! movimento!(...)<br />
Não é só um número, um símbolo! Nesse momento da história, o 8 é um apagador discursivo das palavras que realmente importam todos os dias.<br />
<br />
<br />Pastora Silvia Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/06996275680317755749noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2695020711945832156.post-33193125607849502712018-03-05T14:41:00.001-08:002018-03-05T14:41:44.014-08:00Oração judaica às avessas"Graças te dou, ó Javé, por ter nascido mulher!"Pastora Silvia Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/06996275680317755749noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2695020711945832156.post-77592435633967431222017-07-12T04:48:00.001-07:002020-07-13T11:58:10.002-07:00intuição"Se alguém não tiver dinheiro para comprar o pão, ninguém se espante se roubar o pão."<br />
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Quando tinha 19 anos e cursava a faculdade de comunicação social, nas minhas idas à biblioteca deparei com um livro, desses que despertam verdades já intuidas.<br />
Era "Germinal" de Zola. Li cada página sentindo o impacto da miséria, do capital e da opressão do pobre.<br />
Jamais pude voltar ao que era.<br />
<br />Pastora Silvia Nogueirahttp://www.blogger.com/profile/06996275680317755749noreply@blogger.com0