domingo, 20 de maio de 2018

Ignorância das femininas

Ultimamente, existe no meio evangélico um grupo de líderes que têm insistido em usar como uma correção de comportamento e ideias, a palavra feminina em contraponto a palavra feminista.
Frases do tipo:" Eu não sou feminista, sou feminina", tem sido dita com uma paixão invejável.
Mas há uma ignorância de base. Além de uma cooptação discursiva reacionária, que é uma discussão ainda mais complicada de se ter. A ignorância está em acreditar que para ser feminista abdica-se de ser feminina. Que tolice é essa?como se não houvesse feministas casadas ou em vias de, mães, que não trabalham, etc.
Um grupo inexpressivo de mulheres não desejam se casar ou não desejam a maternidade. Muitas sequer discutem as questões ligadas aos feminismos.
Ser feminista é reconhecer que há uma desigualdade estrutural e maléfica na sociedade, que atinge o sexo feminino de forma específica. Desigualdade que exclui, mata, oprime, interdita.
Não deixei de ser mulher e feminina por pensar as relações pessoais e sociais por essa lente feminista.
Se seguirmos as migalhas de onde saiu essa argumentação, podemos ficar surpresos com a sua origem branca, racista e fundamentalista.
Claro, isso só será um problema para quem acredita que o racismo, o sexismo e o fundamentalismo religioso evangélico seja algo ruim.


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